Mal me Queres Azuis

A boca cheia de bolachas...

15 de maio de 2006

Planisfério Pessoal

Durante dezanove meses, 38 países e 85 crónicas, o Gonçalo Cadilhe, que escreve sobre outras terras, outras gentes e surf como poucos, deixou que os que cá ficaram tivessem um pouco mais de horizonte. Horizonte e vontade de um dia seguir o primeiro passo que ele deu. Durante mais de um ano, foi possível encontrar, todas as semanas, os sete mares e o sem número de terras que existe no meio destes. Errância, foi esse o denominador comum por detrás das crónicas da Única, a que há que juntar as mensais da Surf Portugal. Com a sombra de Chatwin sempre ao lado, o Gonçalo Cadilhe escreveu o livro que precisamos ter, para revermos os itinerários, mas, acima de tudo, para que o fim da sua viagem não signifique que ficamos um pouco mais presos a este lugar, aqui. Presos das aventuras que não tivemos.
Há tempos, encontrei um texto do Jacques Brel que é sobre gente corajosa como o Gonçalo e que nos lembra aquilo que devemos um dia fazer.“On ne peut pas vivre tout le temps en renonçant à ses envies, on devient fou, on devient malheureux et on emmerde son entourage. Si un homme a envie de quelque chose, si un homme a envie de faire le tour du monde, il faut qu’il quitte tout et qu’il s’engage comme marin sur un cargo et qu’il fasse le tour du monde! Les gens meurent de ne pas faire le tour du monde quand ils en ont envie, sous prétexte qu’ils sont coincés par de fausses obligations”. Nem mais.
Publicado por pedroadãoesilva em maio 2, 2005 12:35 PM

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